Aqui vai uma pequena mudança cromática, para melhor condizer com a estação do ano.
Continuamos nos tons de azul, mas agora algo um bocadinho mais leve...pode ser que ajude a elevar a disposição.
Aguardo comentários à nova cara... (se é que ainda há alguém que se dá ao trabalho de ler isto).
Inte
quarta-feira, agosto 09, 2006
segunda-feira, agosto 07, 2006
Ser ou não ser...(aka devaneios existenciais)
E depois há noites como as do outro dia em que começo a questionar cada traço recôndito da minha personalidade…
Que traços são verdadeiramente meus?
Que traços vinham já desenhados nos meus genes?
Que traços foram adquiridos das minhas vivências familiares?
Que traços são fruto de uma autocriação?
Quem é que eu era antes daqueles momentos decisivos, às vezes de alegria e felicidade e os outros de mágoa, desilusão e raiva, que me fizeram conscientemente mudar a minha maneira de ser?
Até que ponto eu passei a ser a pessoa que idealizei e sublimei aquele “verdadeiro eu”?
Será que tudo o que foi conseguido baseado no pressuposto desses meus traços auto-delineados é verdadeiro ou é uma farsa?
Ou é a isso que chamam o crescimento…
Até que ponto eu conheço quem sou? Como é que as pessoas que me rodeiam fazem a menor ideia com quem lidam e o que hão de esperar se nem eu sei o que esperar de mim?
Porque é que de repente me dá para estes devaneios esquizofrénicos de explorar a metafísica dos meandros desta personalidade?
É tão mais fácil permanecer na ignorância, escondermo-nos atrás da cor dos cabelos, usufruir da estabilidade da rotina diária sem nada questionar? Porque é que de todos os animais nos tinha que calhar a nós esta tal de racionalidade que nada mais faz além de causar angústia…
Porque é que desde que me conheço questiono tudo desde a metafísica da existência até à simples existência da matéria corpórea tal como a conhecemos?
Já não tenho idade para estas angústias existenciais…é na véspera das duas dúzias de anos que me dá para isto?
Cura-te e vai fazer algo de útil que isto só serve para nos empatar a vida e não nos deixar avançar…
Que traços são verdadeiramente meus?
Que traços vinham já desenhados nos meus genes?
Que traços foram adquiridos das minhas vivências familiares?
Que traços são fruto de uma autocriação?
Quem é que eu era antes daqueles momentos decisivos, às vezes de alegria e felicidade e os outros de mágoa, desilusão e raiva, que me fizeram conscientemente mudar a minha maneira de ser?
Até que ponto eu passei a ser a pessoa que idealizei e sublimei aquele “verdadeiro eu”?
Será que tudo o que foi conseguido baseado no pressuposto desses meus traços auto-delineados é verdadeiro ou é uma farsa?
Ou é a isso que chamam o crescimento…
Até que ponto eu conheço quem sou? Como é que as pessoas que me rodeiam fazem a menor ideia com quem lidam e o que hão de esperar se nem eu sei o que esperar de mim?
Porque é que de repente me dá para estes devaneios esquizofrénicos de explorar a metafísica dos meandros desta personalidade?
É tão mais fácil permanecer na ignorância, escondermo-nos atrás da cor dos cabelos, usufruir da estabilidade da rotina diária sem nada questionar? Porque é que de todos os animais nos tinha que calhar a nós esta tal de racionalidade que nada mais faz além de causar angústia…
Porque é que desde que me conheço questiono tudo desde a metafísica da existência até à simples existência da matéria corpórea tal como a conhecemos?
Já não tenho idade para estas angústias existenciais…é na véspera das duas dúzias de anos que me dá para isto?
Cura-te e vai fazer algo de útil que isto só serve para nos empatar a vida e não nos deixar avançar…
quarta-feira, agosto 02, 2006
Triste guerra...
"A naturalidade é um acidente, a nacionalidade um artifício.(...) Sempre existiram línguas e religiões mas nem sempre existiram países. Parece-me incrivelmente estúpido que alguem mate em nome de um deus ou de um determinado conjunto de referências culturais; mais estúpido, porém, é matar em nome de uma linha preta assinalada num mapa.
Quando era menina ia à igreja com a minha avó materna e ia à mesquita com o meu avô paterno. Vi que o mistério era o mesmo. Vi que era o mesmo assombro diante da imensidão. O que difere é a liturgia. Esqueci a liturgia e fiquei com o mistério. quando me dói a alma ergo os olhos para o céu, não à procura de Deus, somente em busca de um pouco de luz e de um azul mais critalino.
O que me sustenta é a beleza. Rezo ao deserto para que continue a receber-me; rezo ao mar, e em especial ao grande e sereno Oceano Índico, para que não deixe nunca de me consolar com a sua voz de espuma; rezo às papaias pela sua carne e às goiabas pelo seu perfume.
Rezo ao deus indiferente dos gatos porque os fez magníficos e ao das baleias e das vacas pela sua mansidão. Sou mulher: rezo a tudo o que floresce e frutifica. Nada que cante ou que dance me é indiferente. Nada que fira ou destrua me é semelhante."
Faíza Hayat
Quando era menina ia à igreja com a minha avó materna e ia à mesquita com o meu avô paterno. Vi que o mistério era o mesmo. Vi que era o mesmo assombro diante da imensidão. O que difere é a liturgia. Esqueci a liturgia e fiquei com o mistério. quando me dói a alma ergo os olhos para o céu, não à procura de Deus, somente em busca de um pouco de luz e de um azul mais critalino.
O que me sustenta é a beleza. Rezo ao deserto para que continue a receber-me; rezo ao mar, e em especial ao grande e sereno Oceano Índico, para que não deixe nunca de me consolar com a sua voz de espuma; rezo às papaias pela sua carne e às goiabas pelo seu perfume.
Rezo ao deus indiferente dos gatos porque os fez magníficos e ao das baleias e das vacas pela sua mansidão. Sou mulher: rezo a tudo o que floresce e frutifica. Nada que cante ou que dance me é indiferente. Nada que fira ou destrua me é semelhante."
Faíza Hayat
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