segunda-feira, maio 26, 2008

Afraid of losing you...

Há crianças que têm pesadelos, outras terrores nocturnos, umas só adormecem com a luz acesa, outras com um boneco de peluche, todos nós em criança tínhamos uma particularidade qualquer...uma das minhas "pancas" infantis era acordar a meio da noite, descer do meu beliche e ir verificar se estava toda a gente a respirar!

Sim eu sei, é muito tonto! Acho que estava associado a um medo qualquer de morte súbita (que tenho a certeza que Freud explicará numa das suas teorias).

Ao longo da minha vida sempre foi um medo que me acompanhou...muitas vezes dou por mim a temer a morte súbita dos meus entes mais queridos. À medida que vou ouvindo histórias e histórias mais ou menos próximas de gente que morre sem ninguém estar à espera intensifica-se esse medo em mim.

Cada caso que ouvia ou filme que via ou mesmo as inúmeras desgraças que aparecem na TV, tentava compreender o pânico vertiginoso que se deve sentir quando se sabe que alguém que amamos pode estar em perigo.

E isto a propósito de quê?

Na 6ªfeira passada estava no ginásio quando ouvi um "código azul ao balneário masculino" ou seja, alguém a sentir-se mal. Ao início tentei não ligar, mas depois de ouvir comentários (que mais tarde se viriam a verificar errados) que seria um jovem que estaria em paragem cardíaca, comecei a entrar em stress! Afinal o meu J. tinha acabado de entrar no balneário.

O sentimento é indescritível...é completamente irracional! Provavelmente não tinha nenhuma razão para pensar que podia ser ele, mas sequer haver uma pequena probabilidade daquela pessoa que se estava a sentir gravemente mal poder ser o meu amor, o pânico apoderou-se de mim!

Passado uns minutos que pareceram uma eternidade lá percebi que o senhor que se estava a sentir mal era mais velho e careca, pelo que não podia ser ele.
Independentemente disso, a pilha de nervos que ficou foi de tal maneira que já não consegui fazer mais nada...fui para casa e o facto de só conseguir entrar em contacto com o J. 3 horas depois não ajudou.

Quando finalmente o vi foi quase choro compulsivo...

...só de achar por breves segundos que te podia ter perdido, a minha vida simplesmente deixou de fazer sentido.

Amo-te e não te quero perder nunca!


Ps: Acabar este dia a ver o último episódio da 4ª Season de House que está simplesmente brutal foi a desculpa perfeita para chorar todas as emoções acumuladas!

3 comentários:

Anónimo disse...

oi! De vez em qd dou uma espreitadela no teu blog, gosto dos temas e da escrita, e esta entrada, particularmente, ta btte forte. Axo q no fundo perder quem amamos é o maior receio d todos nos...

Continua c o blog :)

jinhos da ana (FCT-Sanitária-umas cantorias desafinadas e tal...ja viste quem é :p)

Luis Prata disse...

Amar não é para todos. ;)

Raquel disse...

Passei só para te deixar os parabéns. E dizer-te que me estou a roer de inveja por te imaginar estendida ao sol em terras mexicanas. Olha que não é justo: a lagartixa sou eu! :) Beijos